CDL Euclides da Cunha

quarta-feira, 16 de setembro de 2015
Empréstimos e dívidas no cartão são os principais vilões da inadimplência

Um estudorealizado em todas as capitais pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil)e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que asdívidas bancárias são as principais causadoras da inadimplência dosbrasileiros. Sete em cada dez (76%) consumidores inadimplentes que tomaramempréstimos em bancos e financeiras disseram estar com o nome sujo por causa deatrasos no pagamento dessas dívidas. O percentual é inclusive maior do que os68% apurados em 2014. Os cartões de loja (75%) e os cartões de crédito (74%)vêm em seguida como as modalidades de crédito que mais geraram a inadimplênciados consumidores.

De acordocom o levantamento, neste ano, uma proporção maior de usuário de cartõesafirmou estar inadimplente por causa de atrasos na fatura do cartão de loja edo cartão de crédito. Em 2014, os percentuais eram de 65% e 66%,respectivamente. O cheque especial também é destaque como um dos vilões dainadimplência: dos consumidores inadimplentes que possuem esta dívida, 67%atribuem a ele o fato de terem ficado com o nome sujo – no ano passado o índiceera de 43%. Já as parcelas a pagar em cheques pré-datados, boletos e carnêsforam os causadores da inadimplência para 59% dos consumidores entrevistados em2015.

“Nestemomento de crise é importante que os consumidores tenham alguns cuidados nahora de adquirir novas dívidas. Em especial se as dívidas são no cartão decrédito ou no cheque especial, já que os juros cobrados nestas modalidades decrédito são os mais altos do mercado, chegando, em alguns casos, a mais de 300%ao ano”, alerta o educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, JoséVignoli.

O estudomostra ainda que há um percentual considerável de consumidores inadimplentesque alega ter sido registrado em cadastros de devedores pela pendência nopagamento de contas de serviços. Entre os consumidores que afirmam teremcompromissos com contas de telefone fixo e celular, 22% disseram ter ficadoinadimplentes por causa do não pagamento dessas contas. Neste caso, chama aatenção o avanço de mais de 10 pontos percentuais em relação aos 9% verificadosno ano passado. Já entre aqueles que possuem compromissos com instituições deensino, como na mensalidade de faculdade ou do colégio, 19% afirmaram queacabaram sendo negativados em razão dessas pendências, um percentual acima dos8% observados há um ano.

Brasileiro se endivida menos

Embora obrasileiro esteja atrasando mais as suas contas, o número de compromissosfinanceiros assumidos pelos consumidores inadimplentes tem diminuído. E segundoos especialistas do SPC Brasil, isso pode estar relacionado à dificuldade parase conseguir crédito em virtude dos juros elevados e do maior comprometimentoda renda com o pagamento de outras dívidas. Em 2014, 70% dosinadimplentes entrevistados tinham parcelas a pagar no cartão de crédito –estivessem elas em dia ou não. O percentual caiu para 57% em 2015. Também houverecuo na utilização do cartão de loja: de 60% em 2014 para 55% em 2015. Asparcelas a pagar em cheques e carnês caíram de 26% para 17%; a utilização docheque especial recuou, decaindo de 23% para 15%. Dentre os serviços nãobancários, a mesma tendência de recuo do número de contas assumidas foiobservada. O destaque foi a queda das contas de água e luz – de 74% para 65%.Também houve recuo de 57% para 51% nas contas de telefone.

Emcontrapartida, as únicas dívidas bancárias que aumentaram a incidência deutilização entre os inadimplentes foram o empréstimo em bancos e financeiras,aumentando a participação de 22% para 33% em um ano, ao lado das parcelas apagar de crédito consignado, cuja variação foi de 10% em 2014 para 12% em 2015.

“A tendênciade o consumidor assumir menos dívidas é reflexo da economia bem mais fraca em2015 em relação ao ano anterior. A piora na confiança com os rumos da economiafaz com que haja retração na demanda por crédito e por compromissosfinanceiros. Mas ainda que haja menos contas a pagar, a queda da renda real dobrasileiro, principalmente por conta da alta da inflação e da piora do emprego,tem feito com que a inadimplência se mantenha em trajetória de crescimento”,afirma Marcela Kawauti, economista chefe do SPC Brasil.

Dívidas não bancárias são prioridade de pagamentopara os inadimplentes

Um dosgrandes dilemas para quem está inadimplente é saber escolher as contas quedevem ser pagas prioritariamente em detrimento de outras. Dentre oscompromissos financeiros que estão em dia assumidos pelos consumidoresinadimplentes, o principal destaque são as dívidas não bancárias, em especialaquelas ligadas ao plano de saúde e aluguel. No primeiro caso, 94% dosinadimplentes que têm esta pendência estão com os pagamentos em dia; no caso doaluguel, a participação dos que têm esta conta em dia chega a 92%. Outroscompromissos que os inadimplentes costumam pagar majoritariamente em dia são ascontas de água e luz (85%) e as parcelas do condomínio (79%).

No caso dasdívidas bancárias, os percentuais dos inadimplentes que pagam suas dívidas nadata correta diminuíram na comparação com o ano passado. As mais citadas foramo financiamento da casa própria (63% frente à 67% verificado em 2014), seguidapelo crédito consignado (42% contra 60% no ano passado), que é descontado emfolha de pagamento, e pelo financiamento do automóvel (36% ante 59% em 2014).“Percebe-se que os inadimplentes costumam priorizar o pagamento de contas denecessidades básicas e de financiamentos, que implicam na tomada do bem casohaja atrasos”, observa o educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, JoséVignoli.

 

 

Por: CDL Euclides da Cunha
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